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Práticas restritivas, barreiras à entrada e concorrência no mercado brasileiro de exibição cinematográfica

Além de estudar os determinantes do investimento no setor de exibição cinematográfica, este artigo busca analisar se a expansão recente do setor em termos do número de salas de cinema se deveu à adoção de estratégias de segmentação e práticas restritivas por parte dos agentes de mercado, o que acabou por intensificar a concentração geográfica da indústria. Emprega-se, então, o conceito de limiar de entrada desenvolvido por Bresnahan e Reiss (1991) para examinar em que medida as condições competitivas se alteram em mercados locais independentes quando o número de firmas aumenta. Com dados para o mercado brasileiro de salas de exibição no ano-referência 2007, adota-se uma abordagem econométrica única na literatura de modelos de entrada ao se utilizar um modelo zero-inflacionado de variável-resposta ordenada para estimar os limiares de entrada e o tamanho de mercado de equilíbrio. Os resultados encontrados sugerem que barreiras à entrada são significativas para a entrada de uma segunda firma em mercados monopolizados, indicando que a rentabilidade associada à recente expansão do setor esteve baseada em estratégias danosas à concorrência em nível local.

Estrutura de Mercado; Limiares de Entrada; Modelo Ordenado Zero-Inflacionado


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