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Custo de Bem-Estar da Incerteza Macroeconômica na América Latina* * Os autores agradecem Carlos Saiani, Cleomar Gomes, Jefferson Bertolai, Luciano Nakabashi e aos pareceristas anônimos pelos comentários e sugestões. Fábio Gomes agradece ao CNPq pelo financiamento parcial desta pesquisa.

Uma vez que os consumidores são avessos ao risco, mudanças inesperadas na trajetória do consumo geram perdas de bem-estar, o que torna relevante o cálculo dos custos associados à incerteza macroeconômica para quaisquer países. No entanto, há na literatura um foco em países desenvolvidos, a despeito de os países em desenvolvimento apresentarem maior volatilidade de renda e de consumo. Por esta razão, este artigo investiga os custos de bemestar da incerteza macroeconômica em uma amostra composta por 17 países da América Latina. Ao estimar processos estocásticos de consumo específicos para cada um desses países, os resultados apontam que o custo de bem-estar da incerteza macroeconômica é consideravelmente maior nos países da América Latina do que nos Estados Unidos. Isto sugere que os países desse bloco poderiam ter ganhos de bem-estar substanciais se fossem implementadas políticas econômicas capazes de mitigar tais incertezas. Entretanto, isto não implica que as políticas econômicas vigentes devam ser intensificadas, pois, caso estas políticas sejam inapropriadas, é possível que custo de bem-estar da incerteza seja amplificado.

Palavras-chave:
Bem-Estar; Incerteza Macroeconômica; Aversão ao Risco; América Latina


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