Este estudo de natureza qualitativa teve como objeto o cotidiano de mulheres após a histerectomia. Neste sentido foi utilizada a abordagem fenomenológica como método de pesquisa e o pensamento de Martin Heidegger como referencial teórico-metodológico. Utilizou-se da entrevista fenomenológica, com 25 mulheres submetidas à histerectomia, no HU/UFJF, em 2006. A compreensão interpretativa desvelou, à luz do pensamento de Heidegger, que o cotidiano da mulher após a histerectomia se expressa num movimento que transita da inautenticidade para o indicativo de propriedades e impropriedades. No cotidiano, após a intervenção, ela se compreende sendo-aí-com-os-outros e se desvela, mostrando-se como ser de possibilidades num mundo próprio. Evidenciou-se que na dinâmica assistencial deve-se considerar a subjetividade da mulher que será submetida à histerectomia.
Saúde da Mulher; Enfermagem; Histerectomia; Pesquisa qualitativa