Fan et al.(2222 Fan L, Sidani S, Cooper-Brathwaite A, Metcalfe K. Feasibility, acceptability and effects of a foot self-care educational intervention on minor foot problems in adult patients with diabetes at low risk for foot ulceration: a pilot study. Can J Diabetes [Internet]. 2013[cited 2014 Nov 13];37(3):195-201. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24070843
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24070...
), 2013 Canadá Escore Downs & Black: 14 |
79 pacientes com DM tipo 2, com baixo risco de úlceras nos pés. Idade: 55,8 ± 13,2 anos.Tempo de evolução do DM: 5,9±7,1 anos (50% ≤1 ano). |
4 sessões individuais ao longo de 3 semanas com uma enfermeira.Primeiras 2 sessões: ensino interativo presencial e as 2 últimas sessões constituíram-se de contatos telefônicos de 10 a 15 min, 1 vez por semana e durante 2 semanas, a fim de reforçar a informação e esclarecerdúvidas. 1ªsessão : apresentação e discussãode 1 hora sobre cuidados com os pés ; autocuidado diário com os pés . 2ªsessão : treinamento prático de 1 hora sobre autocuidado com os pés . |
Avaliação basal e após 3 meses: condições da pele dos pés (calos, ressecamento, rachaduras, vermelhidão, fissuras, bolhas, umidade, infecção fúngica, lesões) e condições da unha do hálux (higiene, comprimento, espessura, encravamento, infecção fúngica), sendo tais aspectos avaliados de forma dicotômica (presente/ ausente, apropriado/inapropriado e normal/anormal). |
Resultados: Grupo pré versus pós intervenção, respectivamente:
Pele dos pés: Calos: 57,1% versus 44,1% (p=0,089); Ressecamento: 42,9% versus 58,9% (p=0,000); Rachaduras: 28,6% versus 0 (p=0,000); Vermelhidão: 17,9% versus 0 (p=0,001); Fissuras: 17,9% versus 3,6% (p=0,219); Bolhas: 1,8% versus 0 (p=0,500); Umidade: sem eventos nas duas avaliações; Infecção fúngica: 3,6% versus 0 (p=0,248); Lesões: 0 versus 3,6% (p=0,248)
Unhas do hálux: Higiene adequada: 80,4% versus 100% (p=0,000); Comprimento adequado: 76,8% versus 94,6% (p=0,007); Espessura normal: 80,4% versus 94,6% (p=0,022); Encravamento: sem eventos nas duas avaliações; Infecção fúngica: 8,9% versus 5,8% (p=0,103)Conclusão: A intervenção foi efetiva na redução de problemas leves nos pés. |
Kazawa & Moriyama(2323 Kazawa K, Moriyama M. Effects of a self-management skills acquisition program on pre-dialysis patients with diabetic nephropathy. Nephrol Nurs J [Internet]. 2013[cited 2014 Oct 03];40(2):141-9. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23767338
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23767...
), 2013 Japão Escore Downs & Black: 14 |
30 pacientes com DM 2 e nefropatia diabética.Idade média 67±4,3 anos, 66,7% homens. Tempo de evolução do DM: 15,1±9,2 anos (2 a 30 anos). |
4 encontros presenciais de 60 minutos, a cada 15 dias, na casa do participante ou no ambulatório + 2 sessões de 30 minutos por telefone ou e-mail e acompanhamento telefônico mensal com uma enfermeira. Uso de livros-texto, diários e materiais de estudo sobre DM e suas complicações, dietoterapia, terapia do exercício, do estresse, cuidados com os pés e terapia medicamentosa. |
Avaliação após 3 e 6 meses: função renal (creatinina sérica, taxa de filtração glomerular estimada, nitrogênio ureico, HbA1). |
Resultados: Pré versus pós intervenção (3 e 6 meses), respectivamente: Creatinina: 1,67±0,53 versus 1,70±0,52 versus 1,67±0,57 (p=0.367); Filtração glomerular: 33,9±13,0 versus 33,1±13,3 versus 34,8±15 (p=0,401) Nitrogênio ureico: 30,7±13,1 versus 32,2±14,3 versus 30,8±13,2 (p=0,619)HbA1: 6,8±1,5 versus 6,3± 0,9 versus 6,3±0,9 (p=0,044)Conclusão: A intervenção foi efetiva em manter a função renal estável e diminuir HbA1. |
Reda et al.(1818 Reda A, Hurton S, Embil JM, Smallwood S, Thomson L, Zacharias J, et al. Effect of a preventive foot care program on lower extremity complications in diabetic patients with end-stage renal disease. Foot Ankle Surg [Internet]. 2012[cited 2014 Oct 02];18(4):283-6. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23093125
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23093...
), 2012 Canadá Escore Downs & Black: 13 |
58 pacientes com DM e doença renal crônica dialítica.Idade: 62±12 anos.Não informados o tempo de evolução do DM e o tipo de DM. |
Inspeção dos pés durante a sessão de hemodiálise por uma enfermeira treinada em cuidados de feridas e pés + orientações quanto a usar sapatos adequados, manter a hidratação, monitorar o desenvolvimento de calos e úlceras e manter um estilo de vida saudável. Se detectadas úlceras, encaminhados para ortopedistas, cirurgiões vasculares, especialistas em doenças infecciosas e em cuidados de feridas. Prescrição de órteses e solas customizadas, conforme apropriado. |
Avaliação basal e, após 4 a 6 meses: neuropatia periférica (avaliada por monofilamento), pulsos pediais ausentes, amputação, úlcera, pé de Charcot e adequação de calçado. |
Resultados: Desfechos comparando-se estudo atual versus anterior, respectivamente:Neuropatia: 52% versus 88% (p<0,0001); Pulsos pediais ausentes: 36% versus 17% (p<0,009); Amputação: 16% versus 27% (NS); Úlcera: 16% versus 28% (NS); Neuro-osteoartropatia: 9% versus 15% (NS); Calçados adequados: 59% versus 37% (p<0,04); Calçado pré-fabricado adequado: 50% versus 24% (p<0,03); Calçado customizado adequado: 86% versus 63% (NS) Conclusão: A intervenção foi efetiva em diminuir a frequência de neuropatia periférica, a ausência de pulsos pediais e melhorar a adequação do calçado. Não foi efetiva em melhorar a frequência de amputações, úlceras e neuro-osteoartropatia. |
Chen et al.(1616 Chen MY, Huang WC, Peng YS, Guo JS, Chen CP, Jong MC, et al. Effectiveness of a health promotion programme for farmers and fishermen with type-2 diabetes in Taiwan. J Adv Nurs [Internet]. 2011[cited 2014 Oct 16];67(9):2060-7. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21535092
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21535...
), 2011 Taiwan Escore Downs & Black: 15 |
323 pescadores e agricultores com DM 2. Idade: 68,9±9,5 anos.Tempo de evolução do DM: 8,2±6,3 anos. |
Abordagem multidisciplinar com enfermeiros e médicos. 1ª fase: promoção da saúde por meio da educação em um pequeno grupo da comunidade. Controle da dieta, adesão medicamentosa, cuidados com os pés, atividade física leve/ moderada; 2ª fase: aconselhamento telefônico 1 a 3 vezes por pessoa, com duração de 15 a 30 minutos, adaptado individualmente de acordo com os resultados da 1ª fase; 3ª fase: reavaliação de participantes com alto risco, autocuidado dos pés e neuropatia e vasculopatia periférica. |
Avaliações após 6 meses: HbA1 (N: < 7%), glicemia de jejum (N: < 130 mg/dL), neuropatia periférica (MNSI: 5 parâmetros: 1. aparência dos pés: deformidades, pele seca, unhas anormais, calos ou infecções; 2. úlceras nos pés; 3. teste do limiar de percepção da vibração no dorso do hálux; 4. graduação dos reflexos do tornozelo; 5. sensação de pressão ao toque com monofilamento. Escore MNSI >2 em uma escala de 10 pontos foi considerado neuropatia; vasculopatia periférica (ITB: normal >0,9 e < 0,89 vascular periférica). |
Resultados: Desfechos comparando-se pós-intervenção versus pré-intervenção. Glicose em jejum (mg/dL): 184,66±36,97 versus 192,30±41,16 (p=0,002) MNSI (neuropatia periférica): 1,93±1,73 versus 2,25±1,74 (p=0,002)ITB (vasculopatia periférica): 1,03±0,14 versus 0,99±0,15 (p=0,002)Conclusão: A intervenção foi efetiva em melhorar a maioria das variáveis fisiológicas, a vasculopatia periférica e a capacidade de autocuidado com os pés. |
Fujiwara et al.(1717 Fujiwara Y, Kishida K, Terao M, Takahara M, Matsuhisa M, Funahashi T, et al. Beneficial effects of foot care nursing for people with diabetes mellitus: an uncontrolled before and after intervention study. J Adv Nurs [Internet]. 2011[cited 2014 Nov 15];67(9):1952-62. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21480962
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), 2011Japão Escore Downs & Black: 14 |
88 pacientes com DM (75 com DM 2, 8 com DM 1, 5 com hiperglicemia devido ao uso de esteroides).Idade: 68±10,3 anos,Tempo de evolução do DM: 22±11,4 anos.A classificação de risco para úlceras utilizada baseou-se no International Working Group on the Diabetic Foot. Os pacientes foram distribuídos em: 52,3% com baixo risco de neuropatia diabética (G0); 9,1% com neuropatia diabética (G1); 12,5% com neuropatia e doença arterial periférica e/ou deformidade (G2);26,1% com história de úlcera ou amputação do pé (G3). |
Programa de cuidado com os pés liderado por enfermeiro, sessões de 30 a 60 minutos por paciente. G0: uma sessão por ano. Educação sobre corte de unhas e desenvolvimento de habilidades de autocuidado com os pés. G1: uma sessão a cada 6 meses. Educação sobre corte de unha do hálux, remoção de camadas queratinizadas de calos por profissional a cada 6 meses, aplicação de hidratante e medicamentos antifúngicos locais, habilidades de autocuidado com os pés, orientações para evitar andar descalço, prevenção de infecções e queimaduras e encaminhamento para centro ortopédico para fabricação de calçados customizados. G2: uma sessão a cada 3 meses. Pacientes com doença arterial periférica foram orientados a evitar cortar a unha do hálux ou remover calos sozinhos. G3: uma sessão a cada 1 a 3 meses. Encaminhamento para dermatologista para tratamento e as mesmas orientações fornecidas aos outros grupos. |
Incidência ou recorrência de úlcera de pé diabético após 2 anos. Neuropatia avaliada com monofilamento (sensação prejudicada: um ou mais monofilamentos não sentidos em 10) e limiar de percepção da vibração (positivo se o paciente respondesse incorretamente pelo menos 2 de 3 aplicações no hálux). Doença arterial periférica (presente quando pulsos dorsal e tibial estivessem ausentes no membro afetado). Deformidade do antepé: hálux valgo, contraturas rígidas dos pés e cabeça do metatarso proeminentes. Úlceras nos pés: lesões de pele distais ao tornozelo e presentes por pelo menos 2 semanas. |
Resultados: Diminuição do escore de gravidade de tinea pedis (p<0,001), aumento da porcentagem de pacientes sem tinea pedis. Melhora dos calos (p=0,001) e graduação dos calos reduzida em 7 de 15 pacientes nos grupos 1 a 3. Nenhum paciente do G3 teve recorrência de úlceras dos pés relacionadas aos calos.6 pacientes desenvolveram úlceras dos pés, mas foram curadas sem desenvolvimento de gangrenaConclusão: O programa foi efetivo em reduzir a ocorrência de úlceras nos pés. |
Viswanathan et al.(2424 Viswanathan V, Madhavan S, Rajasekar S, Chamukuttan S, Ambady R. Amputation prevention initiative in South India: positive impact of foot care education. Diabetes Care [Internet]. 2005[cited 2014 Nov 15];28(5):1019-21. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15855560
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15855...
), 2005 Índia Escore Downs & Black: 10 |
4872 pacientes com DM 2 com alto risco de pé diabético. Idade: 60,5±8,8 anos Distribuição dos grupos: 1837 pessoas com DM e neuropatia (G1). 149 pessoas com DM, neuropatia e deformidade (G2). 1259 pessoas com DM, neuropatia, deformidade e úlcera nos pés ou doença vascular periférica (G3).Tempo médio de evolução do DM:13,7 ±7,6 anos. |
Todos os pacientes receberam aconselhamento na presença das famílias: educação sobre pé diabético e suas complicações, exame dos pés com um espelho, técnicas de pedicure, fotos de pacientes com infecções, úlceras e amputações dos pés, folhetos enfatizando a necessidade de cuidado com os pés, solicitação de apoio à família no exame dos pés. G1: educação sobre cuidados com os pés, assistência na seleção de calçado apropriado, acompanhamento de rotina. G2 e G3: receberam órteses customizadas para reduzir a pressão nos pés e foram acompanhados em intervalos mais regulares.O método de implementação de orientação e os profissionais envolvidos não foram citados. |
Avaliação basal e após 18 meses: cicatrização de úlceras de pé diabético, infecção, nova úlcera ou necessidade de procedimento cirúrgico. |
Resultados: G1 e G2: 6 (0,3%) e 7 (4,7%) pacientes, respectivamente, desenvolveram infecção ou úlcera.G3: Cicatrização das úlceras em 82% dos pacientes que aderiram ao tratamento versus 50% daqueles que não aderiram. Proporção significativamente maior de novos problemas (26%) e necessidade de procedimentos cirúrgicos (14%) entre aqueles que não aderiram versus aqueles que aderiram (5 e 3%, respectivamente, p<0,0001). Conclusão: A recorrência de úlceras foi menos frequente e o processo de cura mais rápido entre pacientes que aderiram ao programa. |