Resumo
Objetivo:
Identificar a prevalência de alterações visuais em crianças de cinco anos em escolas públicas de Curitiba-PR.
Métodos:
As escolas foram selecionadas aleatoriamente dentro do município de Curitiba. As crianças com cinco anos completos em 2017 foram avaliadas com a tabela de Snellen, através de distância mínima correta para nitidez de imagem e teste de Hirschberg. Os pais responderam um questionário sobre uso de telas, sintomas oculares e histórico familiar da criança. Os resultados das avaliações foram analisados estatisticamente considerando nível de significância p≤0,05.
Resultados:
Em uma população de 459 crianças triadas, 219 (47,7%) pertenciam ao sexo feminino e 240 (52,3%) masculino, sendo que do total, 100 foram encaminhadas para avaliação oftalmológica especializada. A partir da triagem observou-se a prevalência de miopia de 10,7%, hipermetropia de 17,6% e estrabismo de 0,9%. Houve relação entre genitores com miopia e filhos míopes (p<0,05). Dentre as queixas oftalmológicas predominaram cefaleia (30,4%) e franzir de testa (10%).
Conclusão:
A prevalência de alterações visuais encontrada foi de 21,8%. A relação entre distúrbios visuais e o histórico familiar se mostrou estatisticamente significativa. Entretanto, apenas o tempo médio em frente à televisão apresentou influência, dentre os hábitos de vida, sobre as alterações da AV (p=0,028). Queixas oftalmológicas apesar de frequentes, não apresentaram correlação expressiva com a diminuição da acuidade visual.
Descritores:
Saúde ocular/epidemiologia; Rastreamento; Acuidade visual; Saúde da criança; Serviços de saúde escolar