Posicionamento epistemológico: dialética-estrutural |
Posicionamento epistemológico: positivismo |
Aspiração à emancipação do grupo como sujeito, por meio da vinculação com técnicas de socioanálise e psicanálise. |
Aproximação ao conhecimento do grupo como objeto, permitido pela vinculação com técnicas comportamentais e experimentais. |
Liberação do discurso e interpretação do grupo. |
Submissão do discurso e das interpretações grupais. |
Início a partir do sem sentido interpretado pelo grupo. |
Início a partir do pressuposto de um consenso discursivo prévio e aceitado. |
Conversação: discussão em um acordo mútuo que comporta uma construção conjunta de sentido. |
Debate: discussão tanto organizada como dirigida a partir de experiências particulares. |
Aberto e flexível, permitindo mais abertura ao campo da observação. |
Focalizado em aspectos concretos dos objetivos da pesquisa. |
Interessa a espontaneidade do grupo, pois se pretende dar a oportunidade de que emerja o processo grupal de conversação que dará lugar a uma posterior análise do discurso. |
Interessa a espontaneidade de quem participa, pois se atende mais ao processo interativo entre esses e às intervenções do moderador – debate que costuma ser submetido a uma análise de conteúdo contextualizado e não tanto de discurso. |
Processo sinérgico pleno: as pessoas trabalham juntas, e não separadas, na manutenção da conversação; processo de manutenção constante de cada individualidade por meio da própria ação coletiva. |
Processo sinérgico condicionado: as pessoas trabalham tanto juntas quanto separadas com o moderador; suas intervenções e respostas a outros participantes constituem espelho de confrontação para cada um. |
Trabalha com resistências e impedimentos que sufocam ou encobrem o discurso. |
Trabalha com sugestões e proposta que ativam e acrescentam discurso. |
Discurso grupal como intercâmbio verbal a produzir. |
Discurso grupal como produto ou dado a registrar. |
Abertura de espaços de continentes para “deixar falar” ao grupo. |
Estabelecimento de conteúdos para “fazer falar” ao grupo. |
Busca-se a assunção grupal da responsabilidade (tratando de evitar a dependência do moderador). |
Impõem-se a dependência do grupo ao moderador. |
O moderador se assegura de que no grupo se produz uma única conversação. |
O papel do moderador se caracteriza pela diretividade. |
O moderador suscita uma conversação mediante uma técnica aberta: a) incitando a que fale quem permanece em silêncio e a que deixe falar quem não se cala, e assim tratam de impor seu critério; b) repartindo o jogo, mas sem imprimir um ritmo determinado ao grupo; c) mantendo uma atitude de escuta e observação ativa. |
As principais tarefas do moderador são: a) ser um motor do grupo; b) lançar perguntas ao grupo e algumas vezes oferecer-lhe respostas, desde a posição de liderança; c) controlar o grupo (decidindo assim quem, quanto e quando intervém) para que os participantes não deixem de abordar os temas que lhes propõem. |
O moderador da conta de sua estratégia para o tratamento dos objetivos. Não se constitui em algo fechado que há que seguir ao pé da letra. |
O moderador atende a uma discussão em forma de debate, incluindo tanto perguntas (em ordem preestabelecida) como materiais de estímulo, técnicas projetivas, tendo em conta que durante a sessão dificilmente poderá omitir-se nenhum aspecto que previamente haja sido negociado com a demanda do estudo. |
O moderador trabalha com o sentido das ações técnicas (invisibilidade do moderador e sua dinâmica). |
O moderador trabalha com as ações técnicas (visibilidade do moderador e sua dinâmica). |
O moderador está por trás, deixando o grupo falar. |
O moderador está pela frente, fazendo o grupo falar. |
Reflexivo e crítico com a própria técnica e com o trabalho do moderador (importância da transferência). |
Reflexivo e crítico com as condições de observação e seus efeitos (importância da reatividade). |