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Centralidade municipal e interação estratégica na decisão de gastos públicos em saúde

Centralidad municipal y la interacción estratégica en las decisions de los gastos en salud pública

Municipal centrality and strategic interaction in deciding on public healthcare spending

Resumo

Este artigo examina a influência que os municípios catarinenses exercem uns sobre outros nas decisões de gasto com saúde no ano de 2010. Partindo da teoria dos lugares centrais, tem-se como ponto focal a ideia de que há relações verticais entre municípios centrais e periféricos, principalmente em relação aos serviços mais específicos, como os hospitalares. Argumenta-se que esse tipo de interação vertical ocorre simultaneamente com a interação horizontal e que, quando a primeira é desconsiderada, pode mascarar esta última. Foi utilizado um modelo espacial autorregressivo para testar tal hipótese. Os resultados empíricos dão suporte a essa ideia, mostrando que municípios centrais apresentam maiores custos na subfunção hospitalar. Há também evidências de que, quando se considera a centralidade no modelo, o coeficiente de dependência espacial horizontal torna-se mais pronunciado.

Palavras-chave:
interação governamental; dependência espacial; relação vertical; teoria dos lugares centrais; gasto público em saúde.

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