O artigo procura mostrar que, na carta Mundus Novus, de Vespucci, delineia-se um perfil de tipo humano no qual a variabilidade individual e de estágio civilizatório pode ser reduzida, por meio de abstração, à forma geral do "selvagem" voltado para a exploração hedonista do seu meio e como tal imune a todo e qualquer freio que lhe imponha o sacrifício esperado na edificação da vida civilizada. Esse perfil parece casar com a ideia do "selvagem" que habita o interior humano e supostamente alimenta o sentimento de existência como o entendia Rousseau.
Vespucci; o selvagem em Mundus Novus ; a lenda do homem natural