Resumo
O objetivo deste artigo é compreender os processos de construção de conhecimento sobre a natureza do Brasil, no século XVIII, a partir do estudo de caso de Francisco António de Sampaio e seu trabalho de filosofia natural. Busco compreender tais processos como sendo resultantes de dinâmicas de circulação de conhecimento, trocas e negociações, e o estabelecimento de relações de poder entre os agentes envolvidos neste processo. Pretendo demonstrar como estas dimensões foram fundamentais para o processo de produção de trabalhos científicos nos espaços coloniais, bem como para sua circulação e a validação pelos círculos letrados metropolitanos.
Palavras-chave:
Francisco António de Sampaio; reconfiguração e circulação do conhecimento; história natural no século XVIII; história da medicina; ciência e poder