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RELEGADO À INVISIBILIDADE. O LUGAR DOS DIREITOS HUMANOS NA AGENDA DA DIPLOMACIA FRANQUISTA (1945-1955)* * Pesquisa realizada junto ao Arquivo Geral da Administração, em Alcalá de Henares/ES com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes (Proc. AEX 5214-09-2). Nosso primeiro contato com esta documentação ocorreu em 2010, com auxílio da mesma instituição (Proc. BEX 5214-09-2).

RELEGATED TO INVISIBILITY. THE PLACE OF THE HUMAN RIGHTS IN THE AGENDA OF THE FRANCOIST DIPLOMACY (1945-1955)

Resumo

Entre 1945 e 1955, a tática oficial do governo franquista foi contestar publicamente as acusações dirigidas contra o regime, considerado no pós-guerra como uma persistência do fascismo derrotado. Neste artigo, sustentamos que, frente à ONU, a ação exterior foi além da negativa de fatos - ocorrências de violações de direitos na Espanha -, mas dirigiu-se a relegá-los à invisibilidade e, assim, produzir o esquecimento a respeito do assunto. A partir da avaliação crítica de correspondência diplomática e de documentos oficiais da Nações Unidas revelamos que a diplomacia franquista utilizou duas vias de ação principais: não responder quando instada a explicar-se sobre práticas de violação de direitos humanos em território espanhol; e obter de seus aliados mais próximos o silêncio sobre o assunto nos foros internacionais.

Palavras-chave:
Diplomacia; direitos humanos; franquismo; ONU; política exterior

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