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AMAZÔNIA, DESENVOLVIMENTO E RELAÇÕES RACIAIS NA ANTROPOLOGIA DE CHARLES WAGLEY (1940-1950)* * Todas as obras e todos os documentos utilizados na pesquisa e na elaboração do artigo são citados nas notas e na bibliografia. O artigo não foi publicado em plataforma de preprint.

AMAZON, DEVELOPMENT AND RACE RELATIONS IN THE ANTHROPOLOGY OF CHARLES WAGLEY (1940-1950)

Resumo

Este artigo versa sobre as relações entre antropologia, saúde, desenvolvimento e relações raciais a partir da experiência do antropólogo norte-americano Charles Wagley no Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), durante a Segunda Guerra Mundial (1942-1945), e no estudo de comunidade realizado em Gurupá (PA), uma das iniciativas do projeto de criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica (IIHA), sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no ano de 1948. O livro Amazon town (1953) traz a etnografia de Wagley, suas experiências afeitas à antropologia aplicada, além de revelar as marcas da Guerra Fria, da política do Ponto IV, do programa Area Studies, da agenda antirracista da Unesco e, simultaneamente, expressar preocupações quanto aos efeitos considerados irreversíveis dos processos de transformação do mundo da tradição da cultura local. Com o objetivo de minimizar potenciais conflitos suscitados pelas mudanças no universo rural, Wagley pondera que as populações do interior deveriam ser entendidas em seus próprios termos para que a modernização em curso fosse bem-sucedida. Assim, o conhecimento antropológico poderia contribuir para modernização das regiões subdesenvolvidas.

Palavras-chave
Amazônia; desenvolvimento; Charles Wagley; Unesco; história das ciências sociais

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