OBJETIVO
Estimar o ponto de corte para o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-bref) como preditor da qualidade de vida de idosos.
MÉTODOS
Estudo transversal com 391 idosos registrados no Distrito Sanitário Noroeste, Belo Horizonte, MG, de 8 de outubro de 2010 a 23 de maio de 2011. O instrumento WHOQOL-bref foi utilizado para avaliação da qualidade de vida dos idosos. A análise foi racionalizada por meio da definição de dois grupos extremos e simultâneos em relação à percepção da qualidade de vida e satisfação com a saúde (qualidade de vida boa/satisfeito – autorrelato de qualidade de vida boa ou muito boa e se sentem satisfeitos ou muito satisfeitos com sua saúde – G5; e qualidade de vida ruim/insatisfeito – autorrelato de qualidade de vida ruim ou muito ruim e se sentem insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua saúde – G6). A curva Receiver-Operating Characteristic (ROC) foi construída para avaliar a capacidade diagnóstica de diferentes pontos de corte do instrumento WHOQOL-bref.
RESULTADOS
A análise da curva ROC indicou valor crítico 60 como o melhor ponto de corte para avaliação da percepção de qualidade de vida e satisfação com a saúde. A área sob a curva foi 0,758, com sensibilidade de 76,8% e especificidade de 63,8% para o ponto de corte de qualidade de vida geral ≥ 60 (G5); e sensibilidade de 95,0% e especificidade de 54,4% para o ponto de corte de qualidade de vida geral < 60 (G6).
CONCLUSÕES
O ponto de corte qualidade de vida geral < 60 obteve excelente sensibilidade e valor preditivo negativo para rastreamento de idosos com provável pior qualidade de vida e insatisfação com a saúde.
Idoso; Qualidade de Vida; Autoavaliação; Questionários, utilização; Curva ROC; Estudos Transversais