OBJETIVO
Analisar se o gênero influencia os resultados da sobrevida do enxerto e do paciente no transplante renal.
MÉTODOS
Revisão sistemática com metanálise de estudos de coorte disponíveis nas bases de dados Medline (PubMed), Lilacs, Central e Embase, incluindo busca manual e na literatura cinzenta. A seleção dos estudos e a coleta dos dados foram realizadas em duplicata por revisores independentes e as discordâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. A sobrevida do enxerto e do paciente foram avaliadas como medidas de efetividade. A metanálise foi conduzida no softwareReview Manager® 5.2, aplicando o modelo de efeitos aleatórios. Foram avaliadas as comparações entre gênero de receptor, doador e doador-receptor.
RESULTADOS
Foram incluídos 29 estudos envolvendo 765.753 pacientes. Em relação à sobrevida do enxerto, aqueles provenientes de doadores masculinos apresentaram maior sobrevida quando comparado com aqueles de doadores femininos, somente no tempo de acompanhamento de 10 anos. A comparação entre gênero de receptor não apresentou diferença significativa em nenhum tempo de acompanhamento avaliado. Na avaliação entre gênero de doador-receptor houve favorecimento estatisticamente significante para doador masculino-receptor masculino. Não houve diferença, estatisticamente significante, na sobrevida do paciente para as comparações entre gênero em todos os períodos de acompanhamento avaliados.
CONCLUSÕES
A análise quantitativa dos estudos sugere que o gênero do doador ou do receptor, avaliado isoladamente, não influencia na sobrevida do enxerto e paciente. Contudo, a combinação entre gênero de doador-receptor pode ser fator determinante para a sobrevida do enxerto.
Transplante de Rim; Distribuição por Sexo; Gênero e Saúde; Prognóstico; Metanálise