1 |
Albertsen et al.1 (2010) |
n = 349 trabalhadores das indústria do conhecimento (isto é, trabalhadores da comunicação ou troca de conhecimento) |
Dinamarca |
Correlacional Longitudinal (12 meses) |
Foram observadas correlações positivas entre a linha de base das exigências quantitativas, conflitos e falta clareza de papel, falta de reconhecimento e os sintomas de estresse cognitivo. Influência e suporte social por parte da gestão estão negativamente associados com os sintomas de estresse cognitivo. O suporte social por parte dos colegas não apresentou qualquer relação significativa. |
Autoestima [estresse cognitivo] ** Exigências laborais [exigências quantitativas] Relações sociais e Liderança [transparência de papel laboral, conflito de papel laboral, recompensas/reconhecimento, apoio social dos colegas] Saúde e bem-estar [estresse cognitivo] |
2 |
Aust et al.2 (2010) |
n = 399 trabalhadores de hospital (enfermeiras, parteiras, auxiliares, técnicos de laboratório, outros) |
Dinamarca |
Intervenção controlada em posto de trabalho Estudo longitudinal (16 meses) |
O ambiente psicossocial deteriorou-se após a intervenção, nomeadamente nas escalas relacionadas com relacionamento interpessoal no trabalho e liderança. Não houve diminuição nas escalas que aferiam as exigências laborais. Os efeitos negativos encontrados nas escalas do COPSOQ são parcialmente devidos ao desapontamento dos trabalhadores com expectativas não realizadas. |
Expetativas ** Relações sociais no trabalho e liderança Exigências laborais |
3 |
Burr et al.5 (2010) |
n = 3.552 trabalhadores ativos |
Dinamarca |
Correlacional |
As escalas do COPSOQ tiveram resultados mais positivos que as do ERI e dos modelos de tensão no trabalho. A saúde mental deteriorava-se com mais exigências emocionais e melhorava com maior significado do trabalho. Relativamente à saúde mental, os novos fatores de risco psicossocial têm o potencial de aumentar o valor preditivo de modelos anteriores (por exemplo, ERI). |
Vitalidade, saúde mental ** Índice global de exposição a fatores de risco Exigências laborais [exigências emocionais, exigências de esconder as emoções] Organização e conteúdo do trabalho [significado do trabalho] Relações sociais no trabalho e liderança [previsibilidade, qualidade da liderança] Interface trabalho-indivíduo Valores no local de trabalho Personalidade Saúde e bem-estar Comportamentos ofensivos |
4 |
Fuss et al.7 (2008) |
n = 296 médicos hospitalares |
Alemanha |
Correlacional |
A interferência do trabalho na família foi prevalente como parte do conflito trabalho-família (quando comparada a amostra com a população do país do estudo em geral). Não foram encontradas diferenças significativas de género. O conflito trabalho-família apresentou-se significativamente correlacionado com o burnout e com sintomas físicos e cognitivos de estresse. Baixos níveis de conflito trabalho-família apresentaram-se correlacionados com maior satisfação no trabalho, melhor perceção da saúde em geral, maior capacidade para o trabalho e níveis mais elevados de satisfação com a vida. A organização, assim como fatores de relacionamento interpessoal no trabalho, foram identificados como preditores significativos do conflito trabalho-família. A função em estudo apresentou diferenças para a população do país em geral, nomeadamente níveis mais elevados de estresse e de qualidade de vida e níveis mais baixos de bem-estar em geral. |
Saúde física Saúde mental Burnout Satisfação com a vida Capacidade para o trabalho Género ** Interface trabalho-indivíduo [conflito trabalho/família; conflito família/trabalho] Organização e conteúdo do trabalho Relações sociais e liderança [apoio social dos colegas, apoio social dos superiores] |
5 |
Ghaddar et al.8 (2011) |
n = 7.429 trabalhadores prisionais |
Espanha |
Correlacional |
Exigências quantitativas e emocionais, conflito trabalho-casa, baixa influência no trabalho, baixa autonomia, baixo suporte social dos colegas e o estresse tiveram associações negativas estatisticamente significativas com a capacidade para o trabalho. A associação entre idade capacidade para o trabalho foi mediada pela experiência no trabalho. |
Capacidade para o trabalho, experiência profissional Idade ** Exigências laborais [exigências quantitativas, exigências emocionais] Organização do trabalho e conteúdo [influência no trabalho] Relações sociais e liderança [apoio social dos colegas] Interface trabalho-indivíduo [conflito trabalho-casa] Saúde e bem-estar [estresse] |
6 |
Holst et al.9 (2012) |
n = 342 músicos de orquestras sinfónicas |
Dinamarca |
Correlacional |
As mulheres reportaram maiores exigências laborais e níveis mais elevados de sintomas de estresse que os homens. Indivíduos numa determinada função estão mais suscetíveis ao risco devido ao ritmo, conteúdo e organização do trabalho. O aumento das exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações interpessoais, liderança e interface trabalho-casa estavam correlacionados de forma significativa com o aumento dos sintomas de estresse. |
Estresse fisiológico Sexo Função ** Exigências laborais Organização e conteúdo do trabalho Saúde e bem-estar [estresse] |
7 |
Kiss et al.11 (2012) |
n = 990 trabalhadores do setor público |
Não disponível |
Correlacional |
Exigências quantitativas, insegurança no trabalho, exigências de esconder as emoções, exigências emocionais e compromisso face ao local de trabalho estiveram significativamente associados a baixos níveis de recuperação após o trabalho. |
Recuperação após trabalho ** Exigências laborais [exigências quantitativas, exigências emocionais, exigência de esconder as emoções] Organização e conteúdo do trabalho [compromisso face ao local de trabalho] Interface trabalho-indivíduo [insegurança laboral] |
8 |
Kolstrup et al.12 (2008) |
n = 67 agricultores na área dos lacticínios e criação de porcos |
Suécia |
Correlacional |
Não foram encontradas relações significativas entre o ambiente de trabalho psicossocial e o desenvolvimento de lesões musculosqueléticas. A probabilidade do ambiente físico de trabalho levar a lesões musculosqueléticas é mais elevada que a probabilidade associada ao ambiente psicossocial de trabalho. |
Lesões musculoesqueléticas ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
9 |
Kristensen et al.14 (2010) |
n = 2.331 empregados hospitalares |
Dinamarca |
Correlacional Longitudinal (12 meses) |
As ausências ao trabalho por doença aumentam com a diminuição do estatuto socioeconómico (poucas exceções). O gradiente social na ausência ao trabalho por doença apresentava diferentes durações e padrões. |
Perceção de saúde geral Ausência ao trabalho por doença Função Estatuto socioeconómico |
10 |
Larsman et al.15 (2006) |
n = 148 trabalhadoras do sexo feminino que utilizem computador e tenham 45 ou mais anos de idade |
Dinamarca, Holanda, Suécia e Suíça |
Correlacional |
As exigências do trabalho influenciam as lesões musculosqueléticas devido ao seu efeito mediador no estresse. O efeito das exigências de trabalho podem ser atribuídas aos mecanismos de estresse. |
Estresse, lesões musculoesqueléticas Idade ** Exigências laborais [exigências quantitativas, ritmo de trabalho] Saúde e bem-estar [estresse] |
11 |
Li et al.18 (2010) |
n = 3.088 trabalhadores de enfermagem do sexo feminino |
China |
Correlacional Longitudinal (12 meses) |
Aumento das exigências emocionais, diminuição do sentido do trabalho, diminuição do compromisso face ao local de trabalho e diminuição da satisfação estavam associado à intenção de deixar o trabalho. Ambiente psicossocial de trabalho desfavorável prediz a intenção de deixar o trabalho. |
Intenção de deixar o trabalho Sexo ** Exigências laborais [exigências emocionais] Organização e conteúdo do trabalho [significado do trabalho, compromisso face ao local de trabalho] Interface trabalho-indivíduo [satisfação laboral] |
12 |
Llorens et al.20 (2010) |
n = 7.612 trabalhadores ativos com salário |
Espanha |
Correlacional |
A exposição a riscos psicossociais estava associada às práticas de gestão. Exposição a bom ambiente psicossocial estava associado a métodos de trabalho participatórios, contratos de trabalho sem termo, não ter a perceção de ser facilmente substituído, ter superiores pouco autoritários e pouco agressivos, não ser tratado com falta de consideração, possibilidade de promoção, ser remunerado de acordo com as horas trabalhadas e função, trabalhar entre 31 e 40 horas por semana e trabalhar em turnos regulares. |
Práticas de gestão ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
13 |
Mache et al.21 (2009) |
n = 203 médicos |
Alemanha |
Correlacional |
As perceções das condições de trabalho diferem significativamente dependendo da posse do trabalho. Satisfação laboral não varia entre diferentes tipos de posse do trabalho. As exigências do trabalho e os recursos disponíveis estão associados com a satisfação no trabalho. O tipo de posse do trabalho não está associado com satisfação no trabalho. |
Satisfação no trabalho, posse do trabalho ** Exigências laborais Organização e conteúdo do trabalho [influência no trabalho] Interface trabalho-indivíduo [satisfação laboral] |
14 |
Moncada et al.23 (2010) |
n = 10.044 sendo: trabalhadores dinamarqueses (3.359), trabalhadores espanhóis (6.685) |
Espanha, Dinamarca |
Correlacional |
Foi observada relação entre o estatuto socioeconómico e o ambiente psicossocial de trabalho. Fortes correlações entre o estatuto socioeconómico e o país de origem. |
Estatuto socioeconómico ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
15 |
Nielsen et al.24 (2009) |
n = 1.737 sendo: pessoal de enfermagem (791), assistentes (410), limpeza (255), trabalhadores na área dos lacticínios (281) |
Não disponível |
Correlacional |
Modelo específico por grupo analisado. Existe associação entre os fatores psicossociais e baixa saúde física (dores nas costas). Diferenciação entre ocupações tipicamente femininas em substituição por condições de trabalho das mulheres. |
Queixas de saúde física, queixas de saúde mental, estresse comportamental, dores nas costas, grupos, sexo ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
16 |
Nübling et al.25 (2010) |
n = 889 técnicos de geriatria trabalho domiciliário (412), pessoal de enfermagem geriátrica (313), outros trabalhadores de geriatria (164) |
Alemanha |
Correlacional |
O grau de negatividade na avaliação de fatores psicossociais associados com a exigência do trabalho estavam diretamente relacionadas com a quantidade de horas trabalhadas por semana e o número de chamadas dentro do período de prevenção, ou seja durante o período de prevenção. |
Horas de trabalho, “Estar de chamada”, “período de prevenção”a ** Exigências laborais |
17 |
Nyberg et al.26 (2011) |
n = 554 empregados hoteleiros |
Suécia, Polónia, Itália |
Correlacional |
Foram verificadas correlações positivas significativas entre liderança destrutiva ao nível organizacional e fraco bem-estar psicossocial ao nível individual. |
Liderança, bem-estar psicossocial ** Relações sociais e liderança [qualidade da liderança] Saúde e bem-estar |
18 |
Olesen et al.28 (2012) |
n = 285 sendo: trabalhadores imigrantes (137), trabalhadores holandeses (148) |
Holanda |
Correlacional |
Baixa prevalência de hipertensão na população residente. Associação significativa entre significado do trabalho e hipertensão no entanto com padrões diferentes para residentes e migrantes. |
Pressão sanguínea, migração ** Organização e conteúdo do trabalho [significado do trabalho] |
19 |
Rugulis et al.29 (2010) |
n = 3.188 trabalhadores ativos com salário |
Holanda |
Correlacional |
O ambiente psicossocial prediz a ausência ao trabalho por doença medicamente prescrita. |
Ausência por doença ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
20 |
Sandsjö et al.30 (2006) |
n = 146 trabalhadoras do sexo feminino que utilizem computador e tenham 45 ou mais anos de idade |
Dinamarca, Holanda, Suécia, Suíça |
Correlacional |
Apesar de existirem diferenças entre grupos no respeitante às condições de trabalho, estas não tinham escala para constituírem padrões no respeitante às lesões musculosqueléticas. |
Lesões musculosqueléticas Idade ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
21 |
Schenk et al.31 (2007) |
n = 111 pessoal administrativo e pessoal de enfermagem |
Não disponível |
Correlacional |
Não existe evidência que diferentes mecanismos conduzam à dor lombar nas duas profissões analisadas. Não foram encontradas recomendações gerais no respeitante à prevenção e tratamento de lesões lombares para as profissões em estudo. |
Lesões musculosqueléticas (dor lombar), profissão ** Índice global de exposição a fatores de risco [exigências laborais, organização e conteúdo do trabalho, relações sociais no trabalho e liderança, interface trabalho-indivíduo, valores no local de trabalho, personalidade, saúde e bem-estar, comportamentos ofensivos] |
22 |
Sharipova et al.32 (2010) |
n = 8.134 trabalhadores da área da saúde |
Dinamarca |
Correlacional |
Não foram encontradas diferenças significativas na exposição à violência física no posto de trabalho por género. Empregados mais jovens têm risco mais elevado de exposição a violência física relacionada com o trabalho. Trabalhadores expostos a altas exigências emocionais no trabalho demonstraram um risco aumentado em mais de duas vezes no respeitante a violência física. Diferentes componentes do ambiente de trabalho parecem ter uma influência no risco de exposição à violência relacionada com o trabalho por exemplo, tipo de instituição. Menores índices de violência foram encontrados em locais de trabalho com boa qualidade de liderança, sem conflitos de papel e com altos níveis de compromisso face ao local de trabalho. |
Tipo de instituição Género, idade ** Exigências laborais [exigências emocionais] Organização e conteúdo trabalho [compromisso face ao local de trabalho] Relações sociais e liderança [conflitos de papéis laborais, qualidade da liderança] Comportamentos ofensivos |