RESUMO
OBJETIVOS
Analisar a rede de cuidados ao bebê de risco na região Oeste do município de São Paulo, tendo a atenção primária à saúde como ordenadora, e comparar a presença e extensão dos atributos da atenção primária à saúde nos serviços prestados, de acordo com o modelo de gestão dos serviços (Estratégia Saúde da Família e unidade básica de saúde tradicional).
MÉTODOS
Foi feito levantamento de todos os bebês de risco nascidos na região entre 2013 e 2014. Em seguida, fez-se busca ativa dessas crianças para posterior aplicação do questionário PCATool versão criança. Foram localizadas no território 233 crianças; 113 responsáveis por crianças concordaram em participar do estudo, e 81 compuseram a amostra final.
RESULTADOS
Quanto aos resultados do PCATool para escores geral e essencial, as unidades com Estratégia Saúde da Família foram mais bem avaliadas pelos usuários quando comparadas com as unidades básicas de saúde tradicional, com diferença estatisticamente significante. Entretanto, estes escores apresentaram-se baixos para ambos os modelos de gestão. Quanto aos atributos, a Estratégia Saúde da Família apresentou desempenho melhor quando comparada à unidade básica de saúde tradicional para a maioria deles, com exceção de coordenação dos sistemas de informação. Dos dez atributos avaliados, sete atingiram valores ≥ 6,6 para a Estratégia Saúde da Família e dois, para unidade básica de saúde tradicional.
CONCLUSÕES
Independentemente do modelo de gestão, verificaram-se baixos escores geral e essencial, indicando que os responsáveis pelos bebês de risco avaliaram como insatisfatórios alguns atributos, com destaque para acessibilidade, integralidade e orientação familiar. Esse desempenho pode trazer consequências negativas para a qualidade e integralidade do cuidado ao bebê de risco.
Recém-Nascido; Grupos de Risco; Atenção Primária à Saúde; Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Sistema Único de Saúde