As dificuldades para estabelecer diagnóstico precoce e de certeza da leptospirose levaram-nos a analisar as alterações histopatológicas do músculo gastrocnêmio e avaliar, originalmente, a utilidade de método imuno-histoquímico, da peroxidase-antiperoxidase, quando desejada a demonstração do espiroquetídeo e de seus produtos no referido tecido. O estudo histopatológico de biópsias da panturrilha configurou quadro de miosite, caracterizado pela correlação entre o infiltrado inflamatório intersticial e as anormalidades degenerativo-necróticas das fibras musculares. As lesões foram consideradas mínimas em 69,45% dos pacientes, moderadas em 19,45% e intensas em 5,55%, estando ausentes nos demais. Por seu turno, o método imuno-histoquímico enzimático identificou antígeno leptospirótico em 94,45%, configurando resultado muito expressivo.
Leptospirose; Diagnóstico precoce; Método imunohistoquímico; Músculo da panturrilha