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Ecologia de plântulas de Pithecolobium racemosum Ducke. 2 - O Comportamento populacional de plântulas 1 1 — Parte da tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação da FUA/INPA em 04-02-80, para obtenção do título de Mestre pela primeira autora.

Resumo

Foi observado que o crescimento populacional de plântulas de Pithecolobium racemosum ocorria segundo uma curva em forma de J reverso, atípica, a qual foi explicada com bases na bienalidade da espécie e no rápido crescimento inicial das plântulas. Verificou-se também um comportamento de crescimento populacional semelhante ao da maioria das espécies de árvores da floresta tropical, além de constatar-se uma ocorrência rara ou ocasional de adultos e plântulas na floresta primária e um acentuado incremento populacional, segundo as diferentes intensidades de perturbação. 0 crescimento individual das plântulas confirma a dependência desta espécie pela luz, colocando-a na categoria de "não tolerante". Também foi constatada a influência do raleamento na sobrevivência dos regenerantes e a influência dos adultos parentais (árvores-matrizes) sobre os mesmos. As áreas perturbadas mostram um comportamento populacional (comportamento extrínseco) semelhante quanto à freqüência de indivíduos, natalidade e baixo crescimento individual das plântulas. Entretanto, pode dizer-se que o comportamento da espécie em si (comportamento intrínseco) foi semelhante para todas as áreas, independente dos graus de raleamento. em que a maioria das plântulas crescia abaixo da média e somente algumas plântulas cresciam acima desta. Neste estudo P. racemosum foi sugerida como espécie de enriquecimento de áreas de mata de terra firme, onde a retirada de determinadas espécies de interesse induz à formação de clareiras e possibilita o desenvolvimento das plântulas de P. racemosum.

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