RESUMO
Objetivos:
O transtorno depressivo maior (TDM) é muito prevalente e incapacitante, sendo comum a persistência de prejuízos funcionais após a remissão clínica. Pesquisas que se proponham a estudar a reabilitação em TDM são necessárias. Há carência de instrumentos que avaliem a funcionalidade em sujeitos com TDM. Objetiva-se observar as propriedades psicométricas da escala FAST em amostra brasileira, casos (n = 44) e não casos (n = 44) de TDM.
Métodos:
a) Questionários com informações socioeconômicas e escala Mini International Neuropsychiatric Interview 5.0.0 para rastrear em sala de espera de serviços ambulatoriais de duas universidades públicas do Estado de São Paulo; b) entrevistas face a face com os instrumentos FAST, Avaliação Global de Funcionamento e Escala de Hamilton para Depressão.
Resultados:
Houve fortes correlações entre FAST e AGF (rho = −0,85) e entre cada subescala e a escala total (rho = 0,86), boa consistência interna (alfa de Cronbach 0,98) e confiabilidade teste-reteste (Kappa ponderado >0,84). O estudo de validade discriminativa evidenciou que a FAST discrimina os casos de não casos de TDM, assim como moderados/graves dos demais.
Conclusão:
As propriedades psicométricas da FAST em 88 sujeitos mostraram boa confiabilidade e validade para aferir o impacto da depressão na funcionalidade em brasileiros com TDM. Recomendam-se estudos futuros com amostras maiores.
Palavras-chave
Funcionalidade; depressão; propriedades psicométricas; escala