OBJETIVO: Determinar se o registro do potencial de ativação pode ser utilizado como critério isolado para guiar a ablação por cateter de fibras atriofasciculares de Mahaim. MÉTODOS: Estudamos seis pacientes (5 mulheres, idades de 26±7,3 anos), portadores de taquicardias paroxísticas de complexo QRS alargado, cujo estudo eletrofisiológico diagnosticou fibras atriofasciculares de Mahaim. O mapeamento e ablação por cateter foram realizados em ritmo sinusal, guiados apenas pelo registro do potencial de ativação da fibra. RESULTADOS: Obtivemos eficácia na ablação em todos os pacientes. As fibras estavam localizadas na região lateral direita do anel tricuspídeo em três pacientes, póstero-lateral direita em dois e ântero-lateral direita em um. Foram realizadas 5,3±3 aplicações de radiofreqüência em média, com tempo de fluoroscopia de 46,6±25min e tempo total de procedimento de 178,6±108min. Não houve complicações. Num seguimento médio de 20 meses, todos encontram-se assintomáticos e sem drogas anti-arrítmicas. CONCLUSÃO: A ablação por cateter de fibras de Mahaim pode ser realizada com boa segurança e eficácia, mapeando-se o potencial de ativação no anel tricuspídeo, em ritmo sinusal.
fibras de Mahaim; ablação por cateter; vias acessórias atriofasciculares