OBJETIVO: Testar a hipótese de que o índice de pulsatilidade da veia pulmonar é maior em fetos de mães diabéticas do que em fetos normais. MÉTODOS: Examinados 24 fetos de mães com diabetes prévio ou gestacional (casos) e 25 fetos normais de mães sem doença sistêmica (controles). Os fetos foram examinados pela ecocardiografia pré-natal com Doppler e mapeamento de fluxo em cores. O índice de pulsatilidade da veia pulmonar foi obtido colocando-se a amostra volume do Doppler pulsado sobre a veia pulmonar superior direita e aplicando-se a fórmula (velocidade sistólica-velocidade pré-sistólica)/velocidade média. RESULTADOS: Os casos apresentaram idade gestacional média de 30,3 ± 2,7 semanas, e os controles, de 29, ± 3,3 semanas, sem diferença significativa entre as idades gestacionais nos dois grupos (p = 0,14). Os fetos de mães diabéticas apresentaram índice de pulsatilidade da veia pulmonar médio de 1,6 ± 1 e os fetos do grupo controle 0,86 ± 0,27. CONCLUSÃO: Fetos de mães diabéticas apresentam índice de pulsatilidade da veia pulmonar (parâmetro Doppler-ecocardiográfico de fácil obtenção, que pode estar relacionado com a função diastólica fetal) maior do que os de mães com glicemia normal.
ecocardiografia fetal; função diastólica fetal; fluxo venoso pulmonar fetal; diabetes; índice de pulsatilidade da veia pulmonar