Fundamento:
Embora se saiba que o exercício promova hipotensão pós-exercício, até o momento não há argumentações consistentes sobre os efeitos da manipulação de seus diversos componentes (intensidade, duração, intervalos de descanso, tipos de exercício, métodos de treinamento) na magnitude e duração da resposta hipotensora.
Objetivo:
Comparar os efeitos dos exercícios dinâmicos, contínuo e intervalado, sobre a magnitude e duração da resposta hipotensora em hipertensos por meio da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA).
Métodos:
A amostra foi composta por 20 idosos hipertensos. Cada participante realizou três sessões de MAPA, sendo uma controle (sem exercício), uma após exercício contínuo e uma após exercício intervalado. O monitoramento de pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC) e duplo produto (DP) foi realizado para verificação da hipotensão pós-exercício e comparação entre cada MAPA.
Resultados:
As MAPAs após exercício contínuo e intervalado demonstraram hipotensão pós-exercício e redução significativa (p < 0,05) de PAS, PAD, PAM e DP por 20 horas, na comparação com a MAPA controle. Na comparação entre as MAPAs após exercício contínuo e intervalado, verificou-se redução significativa (p < 0,05) de PAS, PAD, PAM e DP após exercício intervalado.
Conclusão:
Os exercícios contínuo e intervalado promovem hipotensão pós-exercício, com redução significativa de PAS, PAD, PAM e DP ao longo das 20 horas subsequentes à atividade. O exercício intervalado gera maior magnitude de hipotensão pós-exercício e menor sobrecarga cardiovascular, medida por menor DP.
Pressão Arterial; Hipertensão; Exercício; Hipotensão Pós – Exercício; Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial