O artigo faz uma análise do atual Sistema de Informação (SI) em AIDS, apontando as dificuldades com que se defrontou ao buscar caracterizar o modo como ocorria e evoluía em 1995 a epidemia da AIDS na Administração Regional de Saúde de Pirituba-Perus (ARS-8) do município de São Paulo. São enumeradas algumas críticas que a Vigilância Epidemiológica e o SI vêm sofrendo nos últimos anos, tais como a centralização e a desagregação das informações; dados que contemplam aspectos eminentemente biológico e a utilização de formulários complexos. Estas questões somadas às dificuldades que se impuseram ao se buscar caracterizar a epidemia na região, revelou que o sistema, tal como se encontrava estruturado, dificultava a caracterização da epidemia e o acompanhamento sistemático pelos níveis locais de saúde. Chama-se a atenção para a necessidade de revisão da finalidade do SI em AIDS, da natureza e da qualidade dos dados coletados. Reitera-se a importância da integração dos diversos bancos de dados sócio-demográficos e do enfoque microlocalizado do Sl para o Distrito de Saúde.
AIDS; Vigilância epidemiológica; Sistema de informação