Este estudo objetivou apreender como as mulheres com aids enfrentam o cotidiano após o conhecimento do seu diagnóstico. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, utilizando a História Oral Temática para coleta e análise de dados. Foram entrevistadas dez mulheres com aids em um Hospital de referência em Fortaleza-CE, de dezembro de 2004 a março de 2005. Para coleta de dados utilizou-se roteiro semi-estruturado, cujos dados foram categorizados. Os resultados revelam diferentes formas de enfrentamentos relacionados à fragilidade da descoberta do diagnóstico, à necessidade de ocultar a infecção decorrente da discriminação e preconceito que vivenciam, e à constante percepção da morte; além de emitirem sentimentos, como vergonha, preocupação com a família, abandono, solidão, tristeza, medo da morte, ansiedade. Concluiu-se que, apesar de mais de duas décadas de epidemia, fica evidente as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao vivenciarem sua infecção.
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Infecções por HIV; Mulheres; Preconceito; Enfermagem