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Fatores associados às crenças sobre adesão ao tratamento não medicamentoso de pacientes com insuficiência cardíaca* * Extraído da tese de "Educação em saúde na adesão ao tratamento e na qualidade de vida em portadores de insuficiência cardíaca", Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Faculdade de Enfermagem, Universidade Estadual de Campinas, 2012.

Este estudo teve como objetivos avaliar as crenças relativas aos benefícios e às barreiras para a adesão ao automonitoramento diário do peso/edema em pacientes com insuficiência cardíaca e verificar a influência das variáveis sociodemográficas e clínicas sobre essas crenças. Foram entrevistados 105 pacientes. A média das subescalas Benefícios e Barreiras foram 20,2 (± 5,7) e 30,1 (±7,1), respectivamente. Os pacientes percebiam que a adesão ao automonitoramento diário do peso/edema poderia mantê-los saudáveis, melhorar a qualidade de vida e diminuir as chances de reinternação. Aproximadamente a metade (46,7%) relatou esquecimento dessa medida. Os que controlavam peso uma vez por mês apresentaram maior chance de barreiras à adesão (OR= 6,6; IC 95% 1,9-13,8; p=0,01), revelando essa medida como o principal fator relacionado às barreiras percebidas. A educação em saúde pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias direcionadas a diminuição das barreiras e aumento dos benefícios desse controle.

Insuficiência cardíaca; Adesão à medicação; Cooperação do paciente; Gerenciamento clínico; Cuidados de enfermagem


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