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O existir da enfermagem cuidando na terminalidade da vida: um estudo fenomenológico* * Extraído da dissertação "A vivência existencial dos profissionais de enfermagem no cuidado paliativo hospitalar oncológico", Universidade Estadual de Maringá, 2011.

Ao cuidar do paciente oncológico em seu processo de terminalidade de vida, a enfermagem experiencia as situações de sofrimento ante a angústia do outro. Este estudo teve como objetivo compreender o sentido e o significado atribuídos, pelos profissionais de enfermagem, ao cuidado paliativo oncológico hospitalar. Trata-se de uma pesquisa fenomenológica, embasada no pensar heideggeriano, realizada com 13 profissionais de enfermagem, atuantes em Ala Oncológica hospitalar, por meio de entrevistas semiestruturadas, que foram analisadas, segundo os passos preconizados por Josgrilberg. Da compreensão da linguagem dos sujeitos, emergiram duas temáticas ontológicas: Sentindo satisfação e amor no cuidado ofertado e Sentindo revolta e impotência frente à terminalidade. Depreendemos que trabalhar em Ala Oncológica é algo gratificante para esses profissionais, mas acarreta sofrimento físico e mental, proveniente de sentir-se impotente ante ao processo morte-morrer. Assim, evidenciamos que os profissionais da enfermagem necessitam ser reconhecidos como seres humanos e, como tais, também merecedores de cuidados.

Cuidados paliativos; Enfermagem oncológica; Enfermagem holística; Humanização da assistência


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