Resumo
OBJETIVO
Verificar a relação entre o tempo de contato de usuários em programas educativos e as variáveis conhecimento e autocuidado em diabetes mellitus.
MÉTODO
Estudo longitudinal de abordagem quantitativa, com a participação, na fase inicial, de 263 usuários vinculados às Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte, Brasil, durante os anos de 2012 e 2013. Foram coletados dados com relação ao tempo de contato total de participação dos usuários no programa educativo, quanto aos conhecimentos e ao autocuidado em diabetes mellitus adquiridos. Os dados foram analisados por meio do teste t-Student para a comparação de médias, considerando um nível de significância de 0,05.
RESULTADOS
A amostra final resultou em 151 usuários. A análise revelou que a melhora nos escores de autocuidado foi estatisticamente maior durante a intervenção educativa de 8 horas ou mais (valor-p < 0,05). No respeito aos escores de conhecimentos, houve melhora estatisticamente significativa ao final do programa educativo. Não foi possível identificar um valor para o tempo de contato a partir do qual houvesse um aumento dos escores médios para a habilidade do conhecimento.
CONCLUSÃO
Para melhorar a efetividade da promoção das habilidades relacionadas ao conhecimento e ao autocuidado em diabetes mellitus, é necessário considerar o tempo de contato como fator relevante do programa educativo.
Descritores
Educação em Saúde; Diabetes Mellitus; Conhecimento; Autocuidado; Enfermagem em Saúde Pública