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Corpos em trânsito: espaços, emoções e representações que (des) constroem realidades

Resumo

OBJETIVO

Analisar as representações sociais do corpo entre pessoas transexuais brasileiras e costa-riquenhas por meio das suas histórias de vida.

MÉTODO

Pesquisa qualitativa, multicêntrica e descritiva. A população do estudo foi composta por 70 participantes. Contou-se com a colaboração de duas organizações, em Florianópolis, SC-Brasil e em San José, capital da Costa Rica para coletar as informações. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo.

RESULTADOS

A partir dos resultados, desvelou-se uma única representação social associada à corporeidade: “Corpos modelados: sobre a elasticidade da corporeidade”. Esta representação descreveu duas unidades de contexto elementar (matrizes do discurso) claras. A primeira delas associa o corpo a um objeto inconcluso, transitório, volátil, maleável, moldável e fluido, enquanto a segunda relaciona o corpo com uma instituição própria, mas regulada e controlada pelos outros.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o corpo transexual é uma instituição volúvel, efêmera, transformável e atravessada pelas marcas de um tempo historizante e historizável, que se inscreve não só naquilo que pode ser nomeado diante do emprego de signos linguísticos, mas também naquilo que pertence ao registro do inominável em termos de percepções e sensações socioculturais.

Descritores
Transexualismo; Imagem Corporal; Enfermagem em Saúde Pública; Psicologia Social.

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