Definição de competência profissional |
Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes para a realização do trabalho com excelência. |
Defino competência como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais para que o profissional enfermeiro desempenhe a sua profissão e tenha uma prática eficiente e eficaz (D2F). |
Deverá haver a valorização equilibrada do saber, do saber fazer e do saber ser durante a formação. |
Acho que a formação se dá por meio de três elementos, o saber, o saber fazer e o saber ser. Essa tríade precisa ser trabalhada, não se pode possuir ou um ou outro e achar que obteve sucesso na formação da competência (D10E). |
Atributos para atuar com crianças |
Conhecer as diferentes fases do desenvolvimento infantil |
Eu acho que é imprescindível abordar as fases do desenvolvimento da criança, enquanto conteúdo programático. Antes de vivenciar a prática, o estudante deve compreender teoricamente como se desenvolve uma criança, as peculiaridades, os eventos preocupantes em cada etapa teoricamente (D3F). |
Relacionar dos fatores que influenciam o processo de saúde doença infantil |
Compreendo que é necessário ter conhecimento sobre os fatores que influenciam no processo saúde/doença da criança e considerá-los no exercício da profissão em ações práticas com a equipe de saúde, efetivando esse conteúdo para os estudantes em enfermagem (D7E). |
Realizar o cuidado centrado na criança e na família |
É preciso trabalhar na fundamentação teórica centrada na criança e na família dela. Esse é o conceito atual, pois sabemos que existem três tipos de foco para o cuidado pediátrico, o cuidado voltado à doença, o voltado à criança e o cuidado voltado à criança e à família. Esse último é o referencial teórico que devemos adotar (D4D). |
Adotar a sistematização da assistência de enfermagem voltada às necessidades da criança e da sua família foi indicada |
Tem que prestar assistência sistematizada à criança, favorecendo a satisfação das suas necessidades biopsicossociais, de forma organizada, por meio de instrumentos, priorizando todos os níveis de atenção da criança e sua família (D2B). |
Saber acolher e se comunicar com a criança e família |
É importante tornar o estudante hábil, por meio do conhecimento teórico e prático, a abordar e acolher a criança e sua família. Assim, ele não sofrerá neste contexto, quando deparar-se com as vivências que tiver que contornar no futuro (D4D). |
Realizar procedimentos técnicos específicos de enfermagem pediátrica |
Eu aponto que, em tudo, mas especialmente quanto aos cuidados hospitalares, no manejo de vias aéreas, sondagens, manejo do aleitamento materno e alimentação, torna-se um perigo não ter habilidade técnica para proporcionar o cuidado infantil. Devemos pôr responsabilidade docente, tornar o aluno apto para realizar procedimentos (D9B). |
Conhecer as políticas públicas voltadas à atenção integral à saúde da criança. |
Considero que o estudante tem que ter conhecimento sobre as políticas públicas voltadas às crianças, que fundamentam e priorizam o cuidado ampliado em saúde, configurando um olhar crítico e reflexivo para a importância da integralidade presente nas diretrizes dessas políticas como principal eixo norteador (D1B). |
Realizar o cuidado infantil em todos os níveis de atenção à saúde |
Penso que o estudante de enfermagem deva se aproximar da criança saudável, conviver com essa criança saudável e olhar para ela no âmbito da integralidade, no âmbito da promoção e não apenas em um aspecto já de doença instalada (D8C). |
Avanços na formação da competência profissional em enfermagem pediátrica |
Parceria estabelecida entre os campos de prática e as instituições de ensino |
Olha, mesmo ainda havendo necessidade de jogo de cintura por parte da universidade para viabilizar campos práticos adequados aos discentes, nós temos facilidade, pois há abertura e recepção das creches, da prefeitura e do hospital, e isso faz toda a diferença no processo de ensino e aprendizagem (D5E). |
Organização curricular que aborda gradualmente o ensino da atenção à saúde primária até a hospitalar |
Os estudantes são inseridos na primeira e segunda série na Atenção Primária, a terceira série é toda hospitalar e, na quarta série, metade/metade, assim podem compreender as políticas públicas e as ações de promoção à saúde e prevenção, para no final conviver com a criança doente, como deve ser (D6A). |
Abertura institucional para discussões e mudanças curriculares |
Eu digo que, uma das facilidades para trabalhar, pensando na formação e na avaliação de competência, é a disponibilidade da instituição de ensino para refletir sobre o currículo o tempo todo, dando essa liberdade, propondo discussão, mudanças e cursos para os docentes (D7E). |
Desafios para formação de competência profissional em enfermagem pediátrica |
Carga horária teórica e prática reduzida para o ensino de enfermagem pediátrica, com inserção tardia do estudante no contato com a criança |
A maior dificuldade para a lapidação da competência quanto ao cuidado de crianças no graduando em enfermagem é o fato de não o inserir, desde o primeiro ano, nas atividades com criança e com sua família. É tarde essa inserção, poderia ser bem antes. Isso é uma falha, uma lacuna curricular, também caracterizada pelo pouco tempo de teoria, pouco tempo de prática, que desvaloriza o olhar do acadêmico para o universo infantil (D2F). |
Falta de integração das disciplinas para a formação da competência em enfermagem pediátrica |
Nós trabalhamos exclusivamente com a nossa disciplina, sem a articulação com as outras disciplinas. O pensamento dessa forma é fragmentado e o estudante, sozinho, nem sempre consegue ter sucesso nas ligações que precisa estabelecer, o pensamento crítico fica prejudicado (D8C). |
Dificuldade de adaptação dos estudantes às metodologias ativas de ensino |
Apesar dos esforços, ainda não conseguimos fazer a metodologia ativa o tempo todo. Até por resistência dos próprios estudantes, têm grupos que estão esperando sedentos a tal da aula expositiva dialogada, querem pronto, querem mastigado, querem educação bancária. Você acha que, na atualidade, só por causa da tecnologia, o próprio estudante está muito diferente do que no passado? Nas suas aspirações e no jeito que quer as coisas? Você se engana e se decepciona (D15E). |
Avaliação da aquisição de competência para atuar em enfermagem pediátrica |
Verificação da capacidade do estudante para identificar e resolver problemas da criança por meio da problematização |
Eu avalio a aquisição de competência pela capacidade de utilizar a problematização, resolvendo problemas, situações que mimetizam a vida real, ou da própria vida real, utilizando seus conhecimentos, suas habilidades e atitudes. Isso, para mim, é um critério bem fundamentado para garantir que, de fato, houve a formação ideal da competência voltada ao cuidado infantil (D9B). |
Emprego de diferentes instrumentos para o acompanhamento da evolução discente na aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes |
A gente se embasa bastante na avaliação de conhecimentos, habilidades e atitudes, utilizando atividades diversas, como práticas, simulações, estudo de caso e seminário, autoavaliação, suas atitudes na estruturação do seu portfólio, suas atitudes durante as avaliações práticas, isso retira somente as avaliações tradicionais (D5E). |