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Representações de pessoas vivendo com HIV: influxos sobre o diagnóstico tardio da infecção* * Extraído da tese: “Diagnóstico tardio de infecção pelo HIV: magnitude do fenômeno e trajetórias de pessoas que vivem com HIV”, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, 2018.

RESUMO

Objetivo:

Analisar as representações construídas por pessoas vivendo com HIV sobre a infecção e sua influência na busca atrasada por diagnóstico.

Método:

Estudo de abordagem qualitativa, realizada com pessoas que apresentaram diagnóstico tardio da infecção pelo HIV, por meio de entrevista aberta. O referencial teórico utilizado foi a Teoria das Representações Sociais, a partir de abordagem crítica. Para a análise dos dados, utilizou-se do método da Análise Estrutural de Narração e do programa MAXQDA 12®.

Resultados:

Participaram do estudo 18 pessoas. Desvelaram-se como representações originais a aids como doença transmissível e perigosa; doença do outro; doença grave, incurável e mortal; e negação do risco devido à confiança em parceria fixa. Essas representações contribuíram para a busca atrasada por diagnóstico, ora devido à atitude de distanciamento das pessoas susceptíveis, ora por não perceberem ou negarem os riscos aos quais estavam expostas em suas trajetórias de vida. Conclusão: A compreensão dos motivos que conduzem as pessoas a descobrirem tardiamente sua soropositividade é imperiosa no atual panorama da epidemia, para que sejam planejadas e implementadas novas estratégias e políticas que visem ao diagnóstico oportuno da infecção.

DESCRITORES:
HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Diagnóstico Tardio; Enfermagem em Saúde Pública

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