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A hipertensão arterial é causa subjacente de morte avaliada na autópsia de indivíduos* * Extraído da dissertação “Hipertensão arterial: estudo post mortem na região metropolitana de São Paulo”, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2016.

RESUMO

Objetivo:

Analisar a hipertensão e sua relação com as causas de morte identificadas pela autópsia.

Método:

Estudo transversal, que analisou 356 participantes do Biobanco para Estudos no Envelhecimento, com idade maior do que 50 anos, autopsiados no Serviço de Verificação de Óbitos entre os anos de 2004 a 2014. Uma entrevista clínica foi realizada com o informante do falecido. A hipertensão foi definida pelo relato da doença e/ou o uso de medicação anti-hipertensiva pelo informante do falecido. Foram realizadas análises descritivas e associações bivariadas e multivariáveis.

Resultados:

A prevalência de hipertensão arterial foi de 66,2% e foi a segunda causa básica de óbito (25,6%) identificada na autópsia, precedida de aterosclerose (37,8%). As variáveis associadas à hipertensão foram: gênero feminino (OR = 2,30 (1,34-3,90); ter um parceiro [OR = 0,55 (0,32-0,92)]; índice de massa corporal [OR = 1,14 (1,08-1,22)] e história de diabetes [OR = 2,39 (1,34-4,27)].

Conclusão:

A prevalência de hipertensão foi elevada e representou a segunda causa básica de óbito mais frequente. O uso da autópsia como padrão-ouro para definir a causa da morte confirmou a relevância da hipertensão como um problema de saúde pública.

DESCRITORES:
Hipertensão; Causa de Morte; Mortalidade; Autópsia

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