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O papel atual da ultra-sonografia transretal da próstata na detecção precoce do câncer prostático

OBJETIVO: Determinar o papel real que a ultra-sonografia da próstata, notadamente com a associação do Doppler colorido, desempenha no diagnóstico de lesões malignas na próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados, prospectivamente, 84 pacientes submetidos a biópsia guiada por ultra-sonografia transretal. Em todos os pacientes foram feitos estudo com Doppler colorido, à procura de focos de hipervascularização, e o exame ultra-sonográfico habitual. Os resultados foram comparados com os diagnósticos histopatológicos obtidos. RESULTADOS: A ultra-sonografia transretal habitual (escala de cinza) apresentou sensibilidade de 67,7%, especificidade de 52,8%, valor preditivo positivo de 45,6% e valor preditivo negativo de 73,6%. A adição do estudo com Doppler colorido ocasionou aumento importante da especificidade (de 52,8% para 79,2%) e do valor preditivo positivo (de 45,6% para 62,0%), porém causou queda na sensibilidade (de 67,7% para 58,0%). Além disso, houve perda de 32,2% dos cânceres, que não foram diagnosticados por nenhum dos dois métodos, e esses pacientes, apesar de possuírem cânceres menos extensos, eram todos clinicamente significativos (Gleason 6 ou mais). CONCLUSÃO: Mesmo com a associação do Doppler colorido, a ultra-sonografia transretal não possui capacidade suficiente para definir, através dos seus achados, quais pacientes devem ou não realizar biópsia.

Próstata; Câncer prostático; Ultra-sonografia transretal; Doppler colorido; Biópsia prostática


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