OBJETIVO: Avaliar e discutir as indicações de ressonância magnética das mamas em um centro de referência oncológico. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição, conduzido através da revisão de prontuários e laudos médicos. Foram incluídos todos os exames de ressonância magnética das mamas realizados no período de julho de 2008 a julho de 2009 (n = 529). RESULTADOS: A idade média das pacientes foi de 49 anos, variando de 17 a 86 anos. História familiar de câncer de mama e/ou ovário esteve presente em 162 pacientes (30,6%). As indicações mais comuns de ressonância magnética das mamas foram esclarecimento de achados inconclusivos na mamografia e/ou ultrassom (48,8%), avaliação de recorrência tumoral/cicatriz cirúrgica (15,1%), estadiamento/planejamento cirúrgico (11,7%) e rastreamento de pacientes de alto risco (8,5%). CONCLUSÃO: Apesar de achados inconclusivos nos exames convencionais serem a indicação mais comum de ressonância magnética das mamas, não há evidências que justifiquem esta conduta na literatura. Em razão da sua alta sensibilidade e percentual de falso-positivos, este exame deve ser adequadamente indicado, para evitar a realização de procedimentos desnecessários. Se bem indicada, a ressonância magnética pode contribuir para o processo de tomada de decisão e constitui uma ferramenta fundamental na avaliação de lesões mamárias.
Imagem por ressonância magnética; Neoplasias da mama; Detecção precoce de câncer