Objetivo
Avaliar a utilidade de um novo método de intervenção multimodal guiado por imagem, permitindo a detecção de áreas epileptogênicas mediante utilização de gamaprobe em comparação à eletrocorticografia intraoperatória.
Materiais e Métodos
Dois pacientes sintomáticos com epilepsia refratária realizaram ressonância magnética, videoeletroencefalograma, SPECT cerebral, avaliação neuropsicológica e foram submetidos a neurocirurgia usando gamaprobe.
Resultados
No paciente 1 as contagens radioativas inicialmente estavam no máximo no giro temporal, cerca de 3,5 cm posterior à ponta do lobo temporal esquerdo. Após corticotomia, o gamaprobe apontou o ponto máximo na cabeça do hipocampo, de acordo com os achados de eletrocorticografia intraoperatória. No paciente 2 as contagens foram máximas na região occipital em sua transição com os lobos temporal e parietal (hemisfério direito). Na cirurgia, a área mapeada da atividade epileptogênica na eletrocorticografia foi também delimitada, demarcada e comparada aos dados do gamaprobe. Após a lesionectomia, procedeu-se uma nova radiocontagem no paciente e na peça cirúrgica (ex-vivo).
Conclusão
A comparação entre os métodos mostrou acurácia praticamente similar. As vantagens do gamaprobe foram a de não ser invasivo, ser de baixo custo e também ser relevante para mostrar a redução da atividade radioativa no local da exérese.
Cirurgia radioguiada; Epilepsia; Gamaprobe; Eletrocorticografia; SPECT cerebral