RESUMO
Uma das críticas mais contundentes ao argumento de Hume contrário ao status a priori ou logicamente verdadeiro da máxima causal - a de que todo evento deve ter uma causa - é a de Anscombe. Ela critica a passagem de Hume da contingência das associações causais particulares - que este evento deva ter esta causa - para a contingência de qualquer causa - que este evento tenha que ter alguma causa. Meu objetivo é defendê-lo da sua crítica, argumentando que o raciocínio de Hume depende de premissas anteriores do “Tratado da Natureza Humana”, particularmente da sua filosofia da percepção e da sua filosofia do tempo. A apreciação dessas premissas torna o seu argumento mais interessante e menos vulnerável às considerações de Anscombe.
Palavras-chave
Hume; causalidade; conceptibilidade; possibilidade; percepção