RESUMO
A podridão de fusarium da espiga, causada pelo fungo Fusarium verticillioides, é uma das principais doenças do milho pipoca (Zea mays) no Brasil e, além da redução da produtividade, a ação do patógeno também resulta na contaminação dos grãos por micotoxinas do grupo das fumonisinas. O objetivo do estudo foi avaliar a resistência de genótipos de pipoca em relação a podridão de fusarium na espiga e ao acúmulo de fumonisinas nos grãos. O experimento foi conduzido em condições de campo com delineamento em blocos casualizados. A inoculação do patógeno da espiga foi artificial. Dentre os 22 genótipos avaliados, que incluíram 16 linhagens progenitoras e 6 variedades, verificaram-se diferenças significativas (p = 0,05) em relação aos níveis de podridão de fusarium e à acumulação de fumonisinas B1, B2 e B3 nos grãos. A correlação de Spearman entre essas variáveis foi positiva, mas os coeficientes de correlação foram baixos (r = 0,53; p < 0,0002), mostrando que para este grupo de genótipos a quantificação da podridão de fusarium na espiga tem pouco valor preditivo em relação ao teor de fumonisinas nos grãos. Acredita-se que estas informações são úteis para programas de melhoramento de milho pipoca no Brasil.
Palavras-chave
fusariose; Fusarium verticillioides; micotoxinas; Zea mays