RESUMO
Introdução
O uso de habilidades de comunicação está associado a desfechos positivos na consulta médica e no cuidado à saúde, como melhora da adesão aos tratamentos, da satisfação de médicos e pacientes, e da relação entre eles. Isto é ainda mais significativo na Atenção Primária à Saúde (APS), que é um espaço de cuidado integral de saúde. Uma comunicação efetiva é aquela em que todos os participantes interagem de modo a trocar informações e em que, ao final, todas as partes tenham o mesmo entendimento sobre o problema, acordem sobre as medidas a tomar e se sintam entendidas em suas necessidades. Para que este tipo de comunicação aconteça, o ensino dessas habilidades deve ocorrer de forma adequada e contínua, durante toda a formação médica. Até o momento, não existe um instrumento brasileiro que cumpra esta finalidade. No Brasil, têm-se utilizado guias internacionais para este ensino. No entanto, dos guias mais usados internacionalmente e mais citados na literatura da área, nenhum é completamente adequado à realidade da APS brasileira.
Objetivo
Comparar quatro instrumentos de habilidades de comunicação frequentemente utilizados, tendo em vista os aspectos que caracterizam a APS nacional.
Metodologia
Os guias foram descritos, analisados qualitativamente e comparados quanto às seguintes categorias: estrutura do guia, criação do guia, etapas importantes da consulta e foco no médico. Análise: Os instrumentos diferem quanto a facilidade de uso, foco no ensino de APS, discussão de etapas importantes da consulta e foco no médico; todos discutem a construção de planos compartilhados e nenhum tem uma tradução validada para português do Brasil.
Conclusão
Dos quatro guias estudados, “A Consulta em 7 em Passos” tem o melhor perfil de uso para a APS nacional. No entanto, recomenda-se a criação de um guia brasileiro para estruturar, homogeneizar e facilitar o ensino das habilidades de comunicação nas escolas médicas do País.
Comunicação em Saúde; Atenção Primária à Saúde; Materiais de Ensino