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Abdome agudo por obstrução por ileobiliar

OBJETIVO: descrever a experiência na abordagem dos doentes com abdome agudo por obstrução por IB, desde o diagnóstico até o tratamento definitivo. MÉTODOS: estudo retrospectivo incluindo todos os casos de IB tratados em um período de 23 anos. De acordo com a abordagem cirúrgica realizada, os pacientes foram divididos em dois grupos (1) enterolitotomia com colecistectomia no segundo momento; e (2) enterolitotomia, colecistectomia e abordagem da fístula. RESULTADOS: Doze pacientes foram incluídos, sendo 11 mulheres (91,6%), com média de idade de 72,2 anos. Todos os pacientes apresentavam doenças associadas, principalmente hipertensão arterial sistêmica (75%). Dois pacientes não apresentavam sintomas significativos de obstrução intestinal. O diagnóstico de IB foi realizado em seis pacientes (50%) antes da laparotomia. O grupo 1 foi constituído de oito pacientes e o grupo 2 de quatro, e a morbidade foi, respectivamente, 33,3% e 8,3%. A mortalidade foi 16,6% (um paciente de cada grupo). CONCLUSÃO: O manejo do IB deve ser individualizado. O tratamento da obstrução mediante remoção do cálculo biliar por enterotomia proximal é a escolha inicial para o tratamento do IB. A colecistectomia e a correção da fístula bilioentérica podem ser realizadas juntamente com a remoção do cálculo, no entanto, em pacientes com comorbidades significativas, esses procedimentos devem ser realizados posteriormente.

Abdome agudo; Obstrução intestinal; Íleo; Cálculos biliares; Colelitíase


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