OBJETIVO:
comparar a hemostasia entre eletrocautério e selante de fibrina em ratos submetidos à hepatectomia.
MÉTODOS:
foram utilizados 24 ratos Wistar submetidos à ressecção hepática de 30%, divididos em dois grupos contendo 12 animais cada: Grupo Eletrocautério e Grupo TachoSil(r). Estes animais foram aferidos após três e 14 dias. Avaliou-se presença de complicações, exames laboratoriais e estudo histológico do fígado recuperado.
RESULTADOS:
presença de abscesso foi mais prevalente no Grupo Eletrocautério. As aderências foram observadas mais pronunciadas no Grupo Eletrocautério tanto em frequência e intensidade, após três e 14 dias. Não houve óbito em ambos os grupos. Na análise laboratorial, comparando-se Grupo Eletrocautério e Grupo TachoSil(r), após três dias o hematócrito foi menor no Grupo TachoSil(r). A elevação das enzimas AST e ALT foram mais pronunciadas no Grupo Eletrocautério (p=0,002 e p=0,004) em três dias. Na análise histológica, no terceiro dia do pós-operatório, resultado semelhante foi encontrado nos dois grupos quanto à presença de polimorfonucleares, enquanto que mononucleares foi mais evidente no TachoSil(r). Observou-se ainda que a angiogênese, embora presente nos dois grupos, foi mais acentuada no Grupo TachoSil(r) (p=0,030). Entretanto, no 14º dia, a angiogênese foi mais pronunciada no Grupo Eletrocautério, mas sem significância estatística. .
CONCLUSÃO:
a hemostasia alcançada pelos grupos foi semelhante; no entanto, o uso do eletrocautério esteve associado à infecções, aderências abdominais de graus mais elevados e à elevação das enzimas hepáticas.
Hepatectomia; Ratos; Eletrocoagulação; Fibrina