RESUMO
Objetivo:
analisar o perfil das apendicectomias realizadas no Sistema de Saúde Pública (SUS) do Brasil e comparar as técnicas de apendicectomia, por via laparoscópica e laparotômica.
Método:
este trabalho utilizou informações do DataSus de 2008 a 2014 (http://datasus.saude.gov.br). Foram comparados os dados dos doentes submetidos à apendicectomia laparotômica com aqueles submetidos à apendicectomia laparoscópica.
Resultados:
ao se comparar o crescimento total das apendicectomias, a via laparoscópica aumentou 279,7%, enquanto o aumento da cirurgia laparotômica foi 25% (p<0,001) no período do estudo. Com relação aos custos com despesas médicas e hospitalares, a apendicectomia vídeo-laparoscópica representou apenas 2,6% do gasto total em apendicectomias realizadas por hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) com custo médio 7,6% inferior ao das cirurgias por via laparotômica, porém sem significância estatística. A taxa de mortalidade foi 57,1% menor na via laparoscópica quando comparado com a laparotômica.
Conclusão:
vem havendo um aumento significativo da via laparoscópica no tratamento das apendicites, mas o método ainda é pouco utilizado nos doentes do SUS. Os custos da apendicectomia laparoscópica se mostraram semelhantes aos observados nos acessos laparotômicos.
Descritores:
Apendicite; Apendicectomia; Laparoscopia; Gastos em Saúde