Resumo
A performance pública da cantora Daniela Mercury ao assumir (em 2013) um relacionamento conjugal com outra mulher é tomada como ponto de partida para a discussão sobre moralidades religiosas no contexto de debates acerca do casamento civil igualitário no Brasil contemporâneo. Pretende-se abordar a conflituosa inserção de moralidades religiosas em certos debates públicos sobre direitos, destacando a noção de “subjetivismo” como um valor estruturante da modernidade na produção de sujeitos autônomos em meio a diversas formações religiosas. O debate aqui contido também almeja destacar as tensões entre a formação católica de Daniela Mercury e seu pertencimento atual ao candomblé, problematizando questões sobre homoparentalidade à luz dos valores religiosos professados pela cantora.
Palavras-chave
homossexualidade; homoparentalidade; cidadania LGBT; laicidade; moralidades religiosas