Resumo
Este artigo apresenta e analisa a mobilização motivada pela Transolímpica em seu percurso previsto por Magalhães Bastos, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Entrevistas, documentos e registros de reuniões envolvendo moradores e agentes do “Estado” entre 2012 a 2015 destacam as estratégias e gramáticas articuladas por uma comissão local interessada em impedir a demolição de centenas de casas no bairro. Por meio desse caso, as dinâmicas e técnicas de governo da “cidade olímpica” são colocadas em questão, chamando atenção para a complexidade desses processos e a combinação in situ de projetos religiosos e seculares, trançados em contextos locais e através de determinadas relações de poder.
Palavras-chave
política; cidade; megaeventos; Transolímpica; Rio de Janeiro