Resumo
Introdução:
Pacientes com doença renal em estágio terminal têm níveis de inflamação e estresse oxidativo maiores do que a população geral. Muitos fatores contribuem para isso, e o hormônio paratireoidiano (PTH) é um deles.
Objetivo:
Estudo foi realizado para avaliar a relação entre os níveis de PTH e níveis de inflamação e estresse oxidativo em pacientes em hemodiálise.
Métodos:
estudo transversal com pacientes de duas unidades de hemodiálise de Londrina, Brasil. Pacientes com condições causadoras de inflamação e estresse oxidativo foram exclusos. Níveis plasmáticos de PTH e parâmetros bioquímicos de inflamação (interleucina 1 e 6, fator de necrose tumoral alfa) e estresse oxidativo (capacidade antioxidante plasmática total, dialdeído malônico, hidroperoxidação lipídica, produtos avançados da degradação proteica, quantificação de metabólitos de óxido nítrico e 8-isoprostano) foram dosados antes da sessão de hemodiálise. Realizou-se análise de correlação entre os níveis de PTH - tanto como variável continua como variável categórica em tercis - e os parâmetros de inflamação e estresse oxidativo.
Resultados:
Não houve correlação do PTH com nenhum dos parâmetros testados, nem como variável contínua, nem como categórica.
Conclusão:
Neste estudo descritivo, os resultados sugerem que a inflamação e o estresse oxidativo em pacientes em hemodiálise provavelmente tem origem em mecanismos que não incluem o hiperparatireoidismo secundário.
Palavras-chave:
hiperparatireoidismo; estresse oxidativo; inflamação; insuficiência renal crônica