Resumo
Introdução:
A Doença Renal Crônica (DRC) gera inúmeras repercussões negativas nos aspectos físico e biopsicossocial do indivíduo e por isso afeta a qualidade de vida (QV) tanto de pacientes como dos familiares.
Objetivos:
Mensurar a QV de indivíduos com DRC; comparar escores de QV entre pacientes com DRC em relação ao grupo normativo e identificar os determinantes associados à melhor QV.
Método:
Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética local, realizado em instituição pública e clínica privada de hemodiálise. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica e o WHOQOL-Bref. Foram utilizados os testes estatísticos conforme as variáveis de interesse e adotado o índice de significância de 0,05.
Resultados:
No grupo de estudo, 59% eram do sexo masculino e 55% desses referiram não ter companheiro conjugal. 53% eram de instituição privada e 57% referiram alguma complicação. As variáveis que mais interferiram na QV foram: fumar (percepção de qualidade de vida) (Bi = - 0,4061; p = 0,032), fazer hemodiálise (satisfação com a saúde) (Bi = - 0,3029; p = 0,034) e tempo das sessões (Bi = 0,117; p = 0,039) (meio ambiente).
Conclusão:
A QV dos pacientes com DRC foi significativamente menor comparada à do grupo normativo, nos domínios físico e psicológico. Várias variáveis influenciaram a percepção da QV e devem ser consideradas na avaliação clínica.
Palavras-chave:
Qualidade de Vida; Insuficiência Renal Crônica; Diálise Renal