RESUMO
Introdução:
A síndrome antifosfolipídica é uma doença autoimune sistêmica definida por morbidade vascular e/ou obstétrica, recorrente, que acomete pacientes com anticorpos antifosfolípides persistentes.
Apresentação do caso:
Uma paciente em hemodiálise com síndrome antifosfolípide primária apresentou trombose recorrente do acesso vascular, complicações obstétricas e anticoagulante lúpico positivo. A paciente apresentava múltiplas fístulas arteriovenosas que falharam devido à trombose. A morbidade obstétrica foi definida por um aborto espontâneo na 7ª semana de gestação e uma gravidez complicada por pré-eclâmpsia com parto prematuro na 28ª semana de gestação. Um rastreamento completo de trombofilia confirmou a presença de anticorpo antifosfolípide. O anticoagulante lúpico estava presente no plasma, medido em duas ocasiões, com 12 semanas de intervalo.
Conclusão:
As trombofilias são predisposições hereditárias ou adquiridas para trombose vascular e têm sido associadas à trombose da fístula arteriovenosa. Pacientes em hemodiálise com trombose recorrente de acesso vascular e presença de trombofilia devem ser avaliados quanto à necessidade de terapia anticoagulante com um antagonista da vitamina K.
Palavras-chave:
Síndrome Antifosfolipídica; Trombofilia; Diálise Renal; Fístula Arteriovenosa; Trombose; Pré-Eclâmpsia; Anticoagulantes