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Continuidade ou ruptura? Uma análise de alguns aspectos da filosofia social de John Stuart Mill, Alfred Marshall e John Maynard Keynes* * Esse artigo foi desenvolvido como parte das minhas atividades como bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - agradeço o apoio concedido. Uma versão anterior desse artigo foi apresentada no Encontro da ANPEC em 2013. Agradeço o Emmanuel Boff, que debateu o texto no Encontro. Sou grata também ao Maurício Coutinho, ao Danilo Ramalho e à Patrícia Helena Cunha, que gentilmente leram e comentaram o trabalho. Por fim eu gostaria de agradecer os dois pareceristas anônimos da revista, por suas críticas e sugestões.

O artigo argumenta que é possível se falar em uma 'tradição' no campo de filosofia social e econômica unindo as obras de J.S. Mill e Alfred Marshall e J.M. Keynes. Essa 'tradição' pode ser caracterizada pelas seguintes concepções: (a) pela rejeição moral aos valores aquisitivos do capitalismo; (b) pela visão de que o sistema capitalista seria incapaz de resolver de forma espontânea as questões das desigualdades de renda e riqueza e da pobreza; (c) pela ideia de que, por uma questão de garantia de liberdade e da diversidade, além de por questões de eficiência econômica, dever-se-ia deixar a iniciativa individual agir livremente nas esferas em que é capaz de engendrar bons resultados, mas que o Estado deveria intervir, quando essa falha, atuando em benefício da coletividade; (d) pela crença de que seria possível melhorar significativamente esse sistema por meio de mudanças pontuais e graduais.

J.S. Mill; Alfred Marshall; J.M. Keynes; filosofia social e econômica; mudança social


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