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Trans/Form/Ação
versão impressa ISSN 0101-3173
Resumo
NEGRU, Teodor. Heidegger e Blumenberg sobre a modernidade. Trans/Form/Ação [online]. 2012, vol.35, n.2, pp.93-119. ISSN 0101-3173. https://doi.org/10.1590/S0101-31732012000200006.
O debate em torno da maneira como Heidegger e Blumenberg entendem a idade moderna é uma oportunidade para discutir duas abordagens diferentes sobre a história. Por um lado, do ponto de vista de Heidegger, a história deve ser entendida partindo do modo como o pensamento ocidental se relacionava com o Ser, o que, no pensamento metafísico, tomou a forma do esquecimento do Ser. Assim, a idade moderna representa a última etapa no processo do esquecimento do Ser, que anuncia o momento de repensar a relação com o Ser apelando para a autêntica divulgação do Ser. Por outro lado, Blumenberg entende a história como o resultado do processo de reocupação, o que significa substituir antigas teorias com teorias novas. Logo, para a abordagem histórica não é importante identificar épocas como períodos de tempo entre dois eventos, mas de pensar sobre as descontinuidades que ocorrem ao longo da história. A partir dai, a idade moderna é pensada não como uma expressão da radicalização do esquecimento do Ser, mas como uma resposta as crises de concepções medievais. Pela mesma razão, a interpretação da história como a história do esquecimento do Ser é considerada por Blumenberg para subordinar a história a um princípio absoluto, sem levar em conta as necessidades de seus protagonistas.
Palavras-chave : Antropologia; Blumenberg; Heidegger; História; Modernidade; Ciência; Tecnologia.