O artigo enfoca o referendo revogatório realizado na Venezuela em agosto de 2004, que confirmou a permanência de Hugo Chávez na Presidência do país até o fim de seu mandato. Apontam-se o contexto político que nele culminou, no qual o governo Chávez foi alvo de intensas contestações por parte de seus opositores, e seus conturbados desdobramentos, com acusações de fraude e de atuação imparcial da autoridade eleitoral. A autora destaca a rígida polarização que permeou o processo, dividindo a sociedade venezuelana e impondo ao governo e à própria oposição o desafio de reconstituir o consenso nacional em torno dos interesses coletivos.
Venezuela; Hugo Chávez; referendo revogatório; processo eleitoral