O artigo analisa a comédia produzida durante o romantismo brasileiro a partir da obra de Martins Pena e Joaquim Manuel de Macedo. Sustenta-se que Pena, num minucioso trabalho de incorporação de outros gêneros, inaugura a comédia de costumes no país, ao passo que Macedo é visto sobretudo a partir de sua contribuição para a renovação da linguagem teatral. A comédia é aqui entendida à luz da instabilidade de suas relações de sentido e do descompasso próprio do encontro entre formas artísticas forjadas na Europa e o contexto político brasileiro.
Martins Pena; Joaquim Manuel de Macedo; romantismo; teatro