Este artigo trata da relação entre povos indígenas e as cidades através da análise do caso marubo, povo do Vale do Javari (AM) falante de língua da família Pano. O artigo tem por objetivo investigar os pressupostos do xamanismo e da mitologia mobilizados na compreensão das cidades, dos deslocamentos e da alteridade. Lançando mão das contribuições recentes da etnologia americanista, pretende-se oferecer parâmetros para a análise de problemas conceituais envolvidos no entrecruzamento dos pressupostos indígenas e não-indígenas sobre territórios, mudança e diferença.
cidades; povos indígenas; Amazônia; etnologia; xamanismo