Este artigo procura dimensionar a importância de Corola (2000), de Claudia Roquette-Pinto, no quadro da poesia contemporânea. A partir de elementos que compõem as figurações e as ambigüidades sintáticas de seu lirismo simulado, identifica-se a peculiaridade da voz feminina que, confinada na cena de um jardim, fala nos poemas. A análise textual mostra o funcionamento conflituoso das fantasias de autodestruição e o estudo do medo como componentes essenciais de uma poesia que expressa em toda a sua atualidade a experiência de um corpo que não quer morrer.
Poesia contemporânea; Poesia feminina; Trauma; Claudia Roquette-Pinto